terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ciganos são retratados em exposição e livro

Para quem gosta de fotografia, uma dica do Canhoto. Texto reproduzido da página da Fundação Cultural Badesc:


Fundação Cultural Badesc lança no dia 28, terça-feira, às 19h, o livro Ciganos, do fotógrafo Rogério Ferrari. A publicação é resultado de três meses de itinerância por comunidades ciganas na Bahia, onde ele produziu as 96 fotos em preto e branco que compõem a obra. Para o Espaço Fernando Beck, Ferrari escolheu 24 imagens que ficam expostas para visitação do público até o dia 10 de março.

Para Ferrari, o projeto se fez pelo propósito de retratar os ciganos em uma perspectiva distante de estigmas e próxima ao cotidiano desse povo. Vindos do Rajastão, no norte da Índia, e espalhados pelo mundo em uma diáspora, os ciganos foram deportados de Portugal para o Brasil no primeiro século da ocupação colonial. E é na Bahia que se concentra uma das maiores populações de ciganos do país.

O fotógrafo acredita que, apesar da longa presença histórica desse povo no Brasil, a visão que se tem dele ainda é marcada pela intolerância e baseada em estereótipos. Com o intuito de desconstruir o preconceito, Ferrari fez um trabalho fotográfico que “parece incorporar princípios tipicamente ciganos de estar e lidar com o mundo”, segundo Florencia Ferrari, autora do prefácio do livro.

Rogério Ferrari nasceu em 1965, em Ipiaú, no sul da Bahia. Desde os anos 80, tem viajado para zonas de conflito territorial no mundo, retratando povos tão diversos como os da Nicarágua, México, Palestina, Curdistão e saara ocidental. É formado em Antropologia pela Universidade Federal da Bahia, trabalhou para veículos nacionais e internacionais como Veja, CartaCapital, Áccion e Reuters. 

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