quarta-feira, 13 de junho de 2012

Em 2012 ainda estamos longe demais das capitais

(...) nossa cidade é tão pequena
e tão ingênua
estamos longe demais
das capitais
longe demais das capitais
longe demais das capitais
eu sempre quis viver no Velho Mundo
na velha forma de viver
o 3º sexo, a 3ª guerra, o 3º mundo
são tão difíceis de entender. (...)
Engenheiros do Hawaii


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de hoje, 13 de junho, dia de Santo Antônio, a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

A Rio +20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Os dois temas principais da Conferência Rio +20 serão: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

Estamos muito perto de verificar, pessoalmente, se as profecias maias se confirmam, ou não. Até lá, o tempo não pára e o mundo segue girando – estejamos nós acordados ou dormindo.

Existem acontecimentos e fatos que ocorrem sem que tenhamos a menor possibilidade de interferir. Outros ocorrem justamente por nossa interferência. Matar ou salvar o planeta depende dos nossos movimentos.

Em 1992 Florianópolis ainda era um pedacinho de terra que começou a ser explorado sem dó nem piedade – como se fosse uma fênix que após arder em chamas, voltasse bela e inteira.

Hoje, passados 20 anos, a capital catarinense está esburacada, deformada, inchada e poluída. À primeira vista, apaixona. Mas se olharmos de forma mais apurada veremos as encostas chorando água da chuva pela ocupação irregular dos solos.

Veremos o mar e alguns de nossos rios, devolvendo insistentemente as “oferendas” em forma de lixo que descartamos sem um pingo de culpa. Como erradicar a pobreza institucional se não acabarmos com a pobreza de espírito?

Quando sairemos do casulo do “eu-primeiro” ou das cavernas platônicas que fazem que sejamos apenas sombras e sobras do que poderíamos ser? Políticos e políticas do Brasil e do mundo: abram as mentes e os olhos, antes que a “tsunami” seja inevitável.

Consciência não dói, constrói. Você, cidadão, cidadã, mostre que sabe mais do que empunhar um título de eleitor: escolha a bandeira da vida, e lute por ela.

Quem sabe um dia sediaremos não as Olimpíadas ou Copas Mundiais, mas o Floripa+ 20? Sonho que se sonha junto é realidade.

Daniela Milidiu - Jornalista

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