Fiz alguns recortes do texto apenas com o intuito de compará-lo com ele mesmo. Encontrar contradições também é papel de jornalista. Acho que ainda ensinam isso nos cursos de jornalismo.
Desde a publicação das intenções da RBS, em 2011, nunca li que alguém as tenha criticado. Será que as escolas de comunicação propõem a leitura crítica? Ou esse é mais um material da Cátedra RBS empurrado aos acadêmicos do Jornalismo da UFSC? Proponho uma cátedra dos trabalhadores jornalistas do oligopólio na UFSC já sabendo que não me levarão a sério. Séria é a RBS.
Mas vamos lá. Minhas observações ao texto da RBS estão em azul
O Grupo RBS (há tantas empresas no Grupo que seria necessário muito tempo para dizê-las. Resumamos: todos os maiores jornais impressos, portais de notícia na internet, emissoras de TV e de rádio, além de outros “negócios” do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre aqui para saber mais) “considera a liberdade de informação uma conquista inerente às democracias (quantas democracias será que existem? Engraçado: como a RBS se virou no tempo da ditadura militar brasileira? Defendeu ardorosamente qual democracia? A dos militares ou a do povo? Ou a democracia do “dindim”) e propugna seu uso responsável (muito bem! Uso responsável sob qual ponto de vista? Da empresa? Do governo? Das tais democracias? Do Judiciário? ou depende quem me financia?), com o sentido de contribuir para o aperfeiçoamento do ser humano, dos sistemas políticos e das sociedades.
O Grupo RBS defende a democracia (viram só? Agora é uma. O que será que foi feito das demais democracias?) e a liberdade, e se opõe a qualquer tipo de preconceito e discriminação. O direito à informação livre é uma cláusula pétrea da Constituição brasileira.
Considerando a liberdade do público (ah!, tá. Contrariando tudo o que se sabe, agora só tem um público.... e várias democracias...) de selecionar os conteúdos que deseja, a RBS valoriza a autorregulamentação da atividade jornalística (não entendi. A autorregulamentação da atividade - leio exercício profissional – jornalística tem a ver o quê com as preferências dos públicos? Isso, não sei, mas sei que a UFSC deve acabar logo com a tal Cátedra. Porque está mais do que claro que o oligopólio da República RBS quer as empresas regulando a atividade jornalística e não precisa mais da Cátedra. E muito menos dos formados no curso!) e condena todas as formas e tentativas de controle e censura à informação (dizem os psicanalistas que se põe pra fora o que vai por dentro. A RBS controla quando corta informações das matérias, e produz os cenários de suas matérias na TV, por exemplo, e censura a informação quando o assunto, importante para um dos públicos, nunca é visto nos meios de comunicação). Os veículos da RBS se empenham em promover a interatividade com seus públicos e em oferecer pluralidade nas opiniões e as diferentes versões dos fatos.
A RBS defende a livre-iniciativa (juro que eu não sabia! Acho que deveria estar escrito abaixo dos nomes dos jornais e ser dito a cada minuto na TV e rádio. Os públicos socialista, comunista, anarquista, ativista social, o público que é só do contra e o público contra o capitalismo, e outros públicos mais, deveriam ser informados, não sabe?) e o direito de empreender, e apoia na sua linha de opinião uma postura íntegra dos cidadãos (isso é um julgamento, e pode ser preconceituoso! Como tudo, a RBS diz uma coisa mas quer dizer outra. Enfim, não esclarece, mas o efeito da frase entorpece!), estejam eles vinculados a atividades públicas, privadas ou a instituições da sociedade civil. Neste sentido, condena o desrespeito às leis e promove as regras de convívio social (A primeira regra para o convívio social é o sujeito dizer o que é, apresentar-se, anunciar o que defende, não apenas no guia ou no manual, não é mesmo?).
Não perca o Capítulo II, em breve.
Rubens Lunge - Jornalista e Escritor
O Grupo RBS (há tantas empresas no Grupo que seria necessário muito tempo para dizê-las. Resumamos: todos os maiores jornais impressos, portais de notícia na internet, emissoras de TV e de rádio, além de outros “negócios” do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre aqui para saber mais) “considera a liberdade de informação uma conquista inerente às democracias (quantas democracias será que existem? Engraçado: como a RBS se virou no tempo da ditadura militar brasileira? Defendeu ardorosamente qual democracia? A dos militares ou a do povo? Ou a democracia do “dindim”) e propugna seu uso responsável (muito bem! Uso responsável sob qual ponto de vista? Da empresa? Do governo? Das tais democracias? Do Judiciário? ou depende quem me financia?), com o sentido de contribuir para o aperfeiçoamento do ser humano, dos sistemas políticos e das sociedades.
O Grupo RBS defende a democracia (viram só? Agora é uma. O que será que foi feito das demais democracias?) e a liberdade, e se opõe a qualquer tipo de preconceito e discriminação. O direito à informação livre é uma cláusula pétrea da Constituição brasileira.
Considerando a liberdade do público (ah!, tá. Contrariando tudo o que se sabe, agora só tem um público.... e várias democracias...) de selecionar os conteúdos que deseja, a RBS valoriza a autorregulamentação da atividade jornalística (não entendi. A autorregulamentação da atividade - leio exercício profissional – jornalística tem a ver o quê com as preferências dos públicos? Isso, não sei, mas sei que a UFSC deve acabar logo com a tal Cátedra. Porque está mais do que claro que o oligopólio da República RBS quer as empresas regulando a atividade jornalística e não precisa mais da Cátedra. E muito menos dos formados no curso!) e condena todas as formas e tentativas de controle e censura à informação (dizem os psicanalistas que se põe pra fora o que vai por dentro. A RBS controla quando corta informações das matérias, e produz os cenários de suas matérias na TV, por exemplo, e censura a informação quando o assunto, importante para um dos públicos, nunca é visto nos meios de comunicação). Os veículos da RBS se empenham em promover a interatividade com seus públicos e em oferecer pluralidade nas opiniões e as diferentes versões dos fatos.
A RBS defende a livre-iniciativa (juro que eu não sabia! Acho que deveria estar escrito abaixo dos nomes dos jornais e ser dito a cada minuto na TV e rádio. Os públicos socialista, comunista, anarquista, ativista social, o público que é só do contra e o público contra o capitalismo, e outros públicos mais, deveriam ser informados, não sabe?) e o direito de empreender, e apoia na sua linha de opinião uma postura íntegra dos cidadãos (isso é um julgamento, e pode ser preconceituoso! Como tudo, a RBS diz uma coisa mas quer dizer outra. Enfim, não esclarece, mas o efeito da frase entorpece!), estejam eles vinculados a atividades públicas, privadas ou a instituições da sociedade civil. Neste sentido, condena o desrespeito às leis e promove as regras de convívio social (A primeira regra para o convívio social é o sujeito dizer o que é, apresentar-se, anunciar o que defende, não apenas no guia ou no manual, não é mesmo?).
Não perca o Capítulo II, em breve.
Rubens Lunge - Jornalista e Escritor