A responsabilidde pelos avanços é de todos Juntos. Foto: Rubens Lunge |
Os da direita não falaram porque não estavam lá. Não participaram da convocação por que nunca o fizeram. Seu principal partido, o poderoso Partido da Imprensa Golpista atuou, como sempre, para criar uma imagem da realidade ao gosto dos interesses da sua classe. Durante toda a semana pudemos ler nos jornais notícias sobre uma suposta Greve Geral que não era objeto da convocação. Se não foi convocada provavelmente não aconteceria e as manchetes poderiam falar do “fracasso da Greve Geral convocada pelos sindicatos” um bom argumento para quem gostaria de ver sindicatos e bandeiras vermelhas bem longe das ruas.
O que se viu ontem foi a retomada de uma prática que estava em desuso. A velha e producente prática da unidade. Foi uma espécie de despertar dos que sempre estiveram acordados, um dia de protesto concentrado na pauta dos trabalhadores, esses que somos a ampla maioria dos cidadãos neste país, mas somos minoria no poder do Estado.
O que se viu ontem foi a retomada de uma prática que estava em desuso. A velha e producente prática da unidade. Foi uma espécie de despertar dos que sempre estiveram acordados, um dia de protesto concentrado na pauta dos trabalhadores, esses que somos a ampla maioria dos cidadãos neste país, mas somos minoria no poder do Estado.
O ponto principal para mudar esta correlação artificial de forças é mudar o sistema eleitoral. Todas as organizações presentes defenderam uma reforma política. Proibir os financiamentos privados de campanha, por exemplo, é dar um salto no combate à corrupção e à sonegação de impostos pelos mais ricos que tem por principal ferramenta o caixa dois das empresas.
Outro salto no mesmo sentido é a utilização de plebiscitos que deveria ser a regra para tudo. Quero votar SIM à revogação da reforma da previdência, ao fim dos leilões do petróleo, à regulação da mídia, ao fim do financiamento privado de campanhas. Quem é contra? Golpe é referendo. O povo tem que decidir, não referendar. Esta deveria ser uma das grandes bandeiras, mas alguns setores confundem a importância de defender esta forma direta de participação popular com “uma manobra da Dilma”. A direita fechou em bloco contra qualquer plebiscito. Curiosamente também vimos algumas faixas contrárias assinadas pelo PSTU.
O 11 de junho foi marcado também por um combate mais agressivo contra o oligopólio da mídia. Em São Paulo manifestantes cercaram a sede da Rede Globo num protesto contra a manipulação da informação que vem se repetindo nos últimos tempos por todo o país. Em Porto Alegre os manifestantes pela Democratização da Comunicação espalharam uma carga de esterco na porta da RBS, para simbolicamente devolver o que eles nos jogam diariamente pela tela. A bandeira por um marco regulatório da comunicação é fundamental e deve ser levantada cada vez mais por todos.
É preciso registrar também a violência da repressão indiscriminada especialmente no Rio de Sérgio Cabral e em São Paulo de Alkmin. Os manifestantes tem sido atacados com força desproporcional. O Rio de Janeiro está se trnaformando num Estado sem leis em que o maior infrator é o aparato de repressão policial. Nada disso passa na mídia. Procure informação na mídia alternativa de confiança e lute junto por um sistema público de mídia capaz de enfrentar as empresas privadas.
Há dez anos, desde a eleição do Lula e a Reforma da Previdência, não se via tantas organizações de trabalhadores superando suas divergências e se empenhando juntas em mobilizar prá valer. Este foi o grande salto do 11 de junho. Precisamos preservar esta unidade e fazer crescer cada vez mais a mobilização pautada clara e objetivamente pelas bandeiras da classe e deixando de lado divergências que podem esperar seu tempo certo. Depois de aprendermos todas as lições deste momento, o que foi certo, o que foi errado e o que faltou fazer, poderemos começar a falar em Greve Geral. A responsabilidade por avançar é de todos JUNTOS.
Outro salto no mesmo sentido é a utilização de plebiscitos que deveria ser a regra para tudo. Quero votar SIM à revogação da reforma da previdência, ao fim dos leilões do petróleo, à regulação da mídia, ao fim do financiamento privado de campanhas. Quem é contra? Golpe é referendo. O povo tem que decidir, não referendar. Esta deveria ser uma das grandes bandeiras, mas alguns setores confundem a importância de defender esta forma direta de participação popular com “uma manobra da Dilma”. A direita fechou em bloco contra qualquer plebiscito. Curiosamente também vimos algumas faixas contrárias assinadas pelo PSTU.
O 11 de junho foi marcado também por um combate mais agressivo contra o oligopólio da mídia. Em São Paulo manifestantes cercaram a sede da Rede Globo num protesto contra a manipulação da informação que vem se repetindo nos últimos tempos por todo o país. Em Porto Alegre os manifestantes pela Democratização da Comunicação espalharam uma carga de esterco na porta da RBS, para simbolicamente devolver o que eles nos jogam diariamente pela tela. A bandeira por um marco regulatório da comunicação é fundamental e deve ser levantada cada vez mais por todos.
É preciso registrar também a violência da repressão indiscriminada especialmente no Rio de Sérgio Cabral e em São Paulo de Alkmin. Os manifestantes tem sido atacados com força desproporcional. O Rio de Janeiro está se trnaformando num Estado sem leis em que o maior infrator é o aparato de repressão policial. Nada disso passa na mídia. Procure informação na mídia alternativa de confiança e lute junto por um sistema público de mídia capaz de enfrentar as empresas privadas.
Há dez anos, desde a eleição do Lula e a Reforma da Previdência, não se via tantas organizações de trabalhadores superando suas divergências e se empenhando juntas em mobilizar prá valer. Este foi o grande salto do 11 de junho. Precisamos preservar esta unidade e fazer crescer cada vez mais a mobilização pautada clara e objetivamente pelas bandeiras da classe e deixando de lado divergências que podem esperar seu tempo certo. Depois de aprendermos todas as lições deste momento, o que foi certo, o que foi errado e o que faltou fazer, poderemos começar a falar em Greve Geral. A responsabilidade por avançar é de todos JUNTOS.
Caio Teixeira - Jornalista