Representamos mais de 51% da população brasileira. No entanto, nossa participação política é muito pequena. Na Câmara Federal, dos 513 deputados eleitos, apenas 44 são mulheres. Esses dados apontam para uma diferença gritante, que deve ser superada com medidas do estado e organização da sociedade.
Nesse sentido, a reforma política se coloca como essencial. Seus marcos, se vitoriosos do ponto de vista da equidade de gênero, apresentarão às mulheres brasileiras avanços no campo político e social. Nessa data de lutas, defendemos a ampliação dos direitos, diminuindo o abismo entre homens e mulheres, fator preponderante para alcançarmos níveis de maior desenvolvimento social e consolidarmos nossa democracia.
Nós, feministas brasileiras, também nos somamos às vozes que, em todo o mundo, se levantam contra os fundamentalismos. Hasteamos a bandeira da tolerância, da defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, da liberdade religiosa, da livre orientação sexual, contra o racismo e o preconceito em todas as suas formas. O conservadorismo, amparado por preceitos religiosos unilaterais, não pode ser a baliza de um estado democrático, laico e que deve primar pela pluralidade de ideias e ampliação de direitos.
O retrocesso não será bem-vindo a 2013, mantemos ao alto nossas bandeiras de liberdade, justiça social e tolerância. Que outros 8 de março possam ser de conquistas para as mulheres!
Clarissa Peixoto - Jornalista
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